This article works on the poetic form of haiku as it appears in the philosophical work of Keiji Nishitani. The analysis methodology is framed in materialist ecocriticism, an art-science that makes it possible to read haikus, avoiding dualisms and allowing us to think about other possible presents. From the study of the different parts of a haiku we arrive at the presence of the nature that we are and the cyclicity of time; to rhythmic continuity, as a lightning movement that reveals-conceals eternity in the ordinary; and a poet without self who does not project himself into things to let them appear in the sameness of himself. Each haiku is presented, thus, as an ecopoem that makes the echo of emptiness resonate and that gives rise to an ekhopoetics that is also an ekhopolitics, in that there is a transformation of the forms of subjectivation and the modes of sociability.
Este artigo trabalha a forma poética do haiku tal como aparece na obra filosófica de Keiji Nishitani. A metodologia de análise enquadra-se na ecocrítica materialista, uma arte-ciência que possibilita a leitura de haicais, evitando dualismos e permitindo pensar em outros presentes possíveis. A partir do estudo das diferentes partes de um haicai chegamos à presença da natureza que somos e da ciclicidade do tempo; à continuidade rítmica, como movimento relâmpago que revela-oculta a eternidade no ordinário; e um poeta sem eu, que não se projeta nas coisas para que elas apareçam em seu próprio ser. Cada haicai apresenta-se, assim, como um ecopoema que faz ressoar o eco do vazio e que dá origem a uma ecopoética que é também uma ecopolítica, na medida em que há uma transformação das formas de subjetivação e dos modos de sociabilidade.
El presente artículo trabaja la forma poética del haiku tal como aparece en la obra filosófica de Keiji Nishitani. La metodología de análisis se enmarca en la ecocrítica materialista, arte-ciencia que posibilita leer los haikus evitando los dualismos y permitiéndonos pensar otros presentes posibles. A partir del estudio de las distintas partes de un haiku se llega a la presencia de la naturaleza que somos y a la ciclicidad del tiempo; a la continuidad rítmica, como movimiento relampagueante que revela-oculta la eternidad en lo ordinario; y a un poeta sin yo que no se proyecta en las cosas para dejar que estas aparezcan en su mismidad. Cada haiku se presenta, así, como un ecopoema que hace resonar el eco de la vacuidad y que da lugar a una ekhopoética que es también una ekhopolítica, en cuanto que se da una transformación de las formas de subjetivación y los modos de sociabilidad