Este artículo busca hacer un aporte a la discusión académica acerca de la naturaleza de los circuitos comerciales mayoristas informales, con énfasis en La Salada. Para ello se analiza la cadena productiva, y se demuestra que su funcionamiento interno responde a lógicas de extracción de plusvalía absoluta por parte de los dueños de los medios de producción. Si bien estos vastos circuitos comerciales desarrollados por grupos social y económicamente marginalizados pueden generar simpatía, no se puede esperar que sean el germen de nuevas relaciones sociales de producción, ni muchos menos que, si ese fuere el caso, se trate de relaciones sociales más igualitarias. Finalmente se hace referencia al interés de las grandes empresas de indumentaria por darle un marco legal a las relaciones de trabajo que se dan allí, con el objetivo de legalizar esas prácticas laborales a modo de excepción, para luego extenderlas hacia todo el sector, e incluso hacia otros sectores económicos.
This article seeks to make a contribution to the academic discussion about the nature of informal wholesale trade circuits, with emphasis on La Salada. For this, the productive chain is analyzed, and it is shown that its internal functioning responds to the logic of extraction of absolute surplus value by the owners of the means of production. Although these vast commercial circuits developed by socially and economically marginalized groups can generate sympathy, they cannot be expected to be the germ of new social relations of production, much less that, if that were the case, they would be more egalitarian social relations. . Finally, reference is made to the interest of large clothing companies in giving a legal framework to the labor relations that exist there, with the aim of legalizing these labor practices as an exception, to later extend them to the entire sector, and even to other economic sectors.
Este artigo busca contribuir para a discussão acadêmica sobre a natureza dos circuitos informais de comércio atacadista, com ênfase em La Salada. Para isso, analisa-se a cadeia produtiva, e mostra-se que seu funcionamento interno responde à lógica de extração da mais-valia absoluta pelos proprietários dos meios de produção. Embora esses vastos circuitos comerciais desenvolvidos por grupos social e economicamente marginalizados possam gerar simpatia, não se pode esperar que sejam o germe de novas relações sociais de produção, muito menos que, se assim fosse, seriam relações sociais mais igualitárias. . Por último, é feita referência ao interesse das grandes empresas de vestuário em enquadrar legalmente as relações laborais aí existentes, com o objetivo de legalizar estas práticas laborais a título excecional, para posteriormente alargá-las a todo o setor, e mesmo a outros setores econômicos.